• 18 de julho de 2018

Vamos falar de Mulher, Sexo e Política?

Ontem participei de uma reunião de planejamento de ações com o grupo Mulheres do Brasil de Florianópolis, onde foram apresentadas informações relevantes sobre política, economia e a situação da mulher no Brasil.

O que me impactou profundamente nessa reunião foi ter acesso a informações sobre uma realidade estatística de Florianópolis que se diferencia de outras cidades e estados brasileiros: A maioria das mulheres de Florianópolis que estão em um relacionamento abusivo, não dependem financeiramente de seus companheiros! Muitas até os sustentam! E ficam nesse relacionamento por uma dependência emocional!

E eu fui dormir ontem e acordei hoje, pensando sobre isso… O que significa, que impacto tem na sociedade essa dependência emocional?

Outra discussão rica que teve na reunião de ontem, foi sobre a realidade das mulheres que são condenadas à prisão, muitas vezes por assumirem crimes que elas não cometeram. Mulheres que se prendem por amor.

E depois que são presas, aos poucos vão sendo esquecidas e deixam de receber visita das pessoas que elas amaram tanto a ponto de abrir mão da sua liberdade. E o mais triste, uma pessoa que trabalha há anos no sistema prisional, viu um único pai visitar sua filha.

O que isso significa?

O que nos revela o fato de existir fila para visita íntima nos presídios masculinos, e raras pessoas para visitar mulheres nos presídios femininos?

E voltando a pensar na vida fora das grades físicas impostas pelo estado. Quantas vezes abrimos mão de nossa liberdade por uma dependência emocional?

Quantos de nós homens e mulheres abrimos mão de uma vida que faça sentido, para cuidar de alguém que depende de nós emocionalmente? Quem é livre numa relação com qualquer nível de dependência?

O que ganhamos quando nutrimos com nossas atitudes a dependência emocional de alguém?

Que benefício social temos de contribuir para essa cultura de que “se eu não tiver você na minha vida, minha vida perde o sentido”?

Empoderamento é uma palavra que sofre preconceito hoje, mas precisamos sim urgentemente empoderar emocionalmente homens e mulheres que estão ao nosso lado, para que se amem, para que se coloquem em primeiro lugar, e não se tornem dependentes nem emocionais e nem financeiros de ninguém, para que sejam pessoas realmente livres.

E viver numa sociedade em que as pessoas sejam realmente livres para tomar decisões conscientes, provoca um efeito em cascata. Pois uma sociedade que educa emocionalmente, nos liberta de governos que nutrem a dependência através do assistencialismo, ou através da crença de que precisamos de alguém que cuide de nós, porque não sabemos decidir o que é o melhor para nós mesmos. (aquela discussão absurda PT x Intervenção Militar, como se só houvesse essas duas opções para o Brasil)

Estamos há menos de 3 meses das eleições.

O que cada um de nós, adultos com pensamento crítico, brasileiros cheios de criatividade, podemos fazer de diferente, do que temos feito até agora para mudar essa realidade em que estamos inseridos?

Ou tem alguém aí realmente feliz com a realidade Brasileira, que não tenha o desejo de mudar?

Eu acredito no movimento que nasce pequeno e vai crescendo à medida que nos aproximamos de pessoas que gostem de pensar e ouvir para chegar a soluções que não havíamos pensado ainda, e que nos ajudam a evoluir socialmente.

Pois, francamente, nós já passamos daquela fase da história em que uns se despiam da sua identidade para se submeter à catequização de outros bem vestidos de suas nobres razões.

Conhecemos bem os resultados que colhemos até hoje por essa cultura de acreditar que existem pessoas que sabem melhor do que eu o que é melhor pra mim.

Só evoluiremos como sociedade, se pensarmos, ouvindo toda a diversidade de ideias para chegar num objetivo em comum.

Eu ultimamente tenho me aproximado de grupos de mulheres que fazem esse movimento, como Mulheres do Brasil, um grupo apartidário, que une mulheres de diversos segmentos para buscar soluções para questões sociais, políticas e de educação para o Brasil.

E o BPW – Business Professional Woman- uma organização internacional que surgiu em 1930 na Suíça e que busca conectar mulheres no mundo inteiro, para que possam se desenvolver de forma plena em todos os setores da sociedade, através da troca de experiências e do desenvolvimento de lideranças.

Adoraria participar de grupos com homens também, ainda não surgiu um convite ou oportunidade. Pois é imensurável o poder que temos quando unimos forças para mudar uma realidade incômoda.

E realmente não temos noção do impacto que provocaremos na nossa vida e na vida de outras pessoas quando decidimos mudar o nosso posicionamento diante de uma realidade que pode até parecer confortável, mas com certeza, não está trazendo benefícios. Ou você acha que está?

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