• 29 de março de 2020

Até que a Quarentena nos separe… ou nos una

Na China o fim da Quarentena resultou no registro recorde de números de divórcios. Parece que muitos casais não suportaram o convívio forçado.

Aqui no Brasil, em meio a crise econômica, quando líderes e empresários precisam decidir quem fica e quem sai para cortar custos e garantir a sobrevivência do negócio, minha orientação,  após analisar o histórico profissional e o alinhamento com a cultura organizacional, é que o líder  se faça a seguinte pergunta:  “Essa pessoa serve para o futuro que está emergindo?”

São perguntas difíceis que muitos de nós precisamos responder nesse momento, como por exemplo:

Essa pessoa faz sentido para um cenário onde precisamos nos reinventar?

O que fazemos hoje, faz sentido para o Futuro que queremos viver?

Momentos de crise são momentos de oportunidades. Tanto os casamentos quanto as empresas se fortalecem ou morrem nas crises.

Ontem mesmo, vi um casal comemorando 44 anos de casamento numa rede social e a declaração de amor dele era de gratidão por ter ao seu lado alguém com quem ele ama conversar nesse momento de isolamento social e de abraços virtuais.

Para os mais jovens a realidade é que não dá nesse momento para delegar o cuidado com as crianças. Não dá mais para inventar reuniões antes de voltar para casa, não dá mais pra despressurizar no happy hour. Para muitos até ficar preso no trânsito parecia ser melhor do que ficar em casa sem empregada, com filhos e todas as obrigações do trabalho. Com o agravante de na grande maioria dos casos, não ter em casa nem a  estrutura física e o silêncio necessários para administrar planos de contingência. Homens e mulheres se sobrecarregam e são necessárias muitas conversas de alinhamento de expectativas para se ajudarem e sobreviverem ao convívio 24 horas por dia num período de tamanho stress como esse que estamos vivendo.

Uma coisa boa que esse momento nos oferece é a oportunidade de nos sintonizarmos com o futuro e começar a operar agora para atuar num novo cenário que está se desenhando.

A verdade é que ou assumimos a liderança de nossas vidas em meio ao caos ou nada muda de verdade. 

Empresas e casamentos orientados para o futuro são aqueles que tem capacidade de cocriar. E isso exige habilidades de se relacionar e se comunicar num real estado de presença. É nesse estado que nos tornamos capazes de explorar a fonte de nossa criatividade para aprender a funcionar no futuro que está nascendo.

Interessante pensar que tanto no mundo corporativo quanto no risco de morte pelo Covid 19, os jovens são os menos impactados. Estamos vivendo um momento de disrupção econômica, de transformação cultural, em que precisamos urgentemente aprender novos comportamentos. Vamos todos precisar dessa energia de questionar o velho e experimentar novas possibilidades.  É o momento de se reinventar.

Enquanto algumas pessoas continuam fechadas nas suas caixinhas, reforçando seus preconceitos e paradigmas, outras estão atentas a tudo que está acontecendo, se conectando com outras formas de pensar, de viver, de agir, de se posicionar.

E mais do que nunca a empatia será uma habilidade essencial para abandonar velhos padrões e criar novos que façam sentido para o presente e para o Futuro.

Escolher entre ser criativo para agir com consciência, ou reativos para culpar a crise pelo fracasso  de nossas relações, carreiras e empresas é a decisão mais importante a ser tomada nesse momento.

Qual é a sua?

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