• 25 de agosto de 2018

Processo Evolutivo de Líderes e Organizações

É nítido que estamos vivendo um momento de grande mudança social.

Cada vez mais pessoas e empresas estão procurando entender qual o seu propósito de vida. E percebemos, em vários ambientes sociais, que não há motivação maior do que aquela que nasce movida por um propósito.

Não é à toa que ultimamente ouvimos falar tanto em Gestão Sistêmica, Capitalismo Consciente, Cultura Organizacional, Engajamento de Equipes, e por aí vai.

Empresários e líderes de uma forma geral estão prestando cada vez mais atenção a questões intangíveis dentro de uma organização, e sentem cada vez mais a necessidade da construção de uma cultura empresarial baseada em valores.

E uma das características destas organizações dirigidas por valores é que elas percebem que as mudanças sociais demandam uma gestão descentralizadora, pois compreendem que o maior ativo que uma organização pode ter é a confiança e os relacionamentos saudáveis em todas as esferas.

Pois embora tenhamos recebido um legado de valores e crenças sobre a necessidade de controle rigoroso, de manter a rédea curta, esse tipo de liderança não produz resultados de excelência nos dias atuais.

E uma das  principais demandas dessa Gestão Descentralizadora é a necessidade de saber Delegar.

Um líder que domina a arte de delegar é aquele que sabe transmitir ao seu liderado o sentido da tarefa que ele está recebendo, o valor que a execução dessa atividade tem para os resultados e metas da Organização.

Delegar não é “delargar”. Não é passar a batata quente.

Delegar é um Processo que exige acompanhamento, para que os impactos sejam positivos. E este processo exige que o líder tenha atingido um nível de maturidade que lhe permite agir com determinação, coragem, desapego e perseverança, pois só assim será capaz de desenvolver a pessoa que assume uma nova responsabilidade, a ser capaz de olhar para o impacto daquela atividade em todo o sistema em que ela está inserida.

Por isso é tão importante para que haja o engajamento de quem assume uma nova responsabilidade, que seja feito o alinhamento daquela atividade com a missão e o propósito da empresa na sociedade em que ela está inserida.

Não podemos ignorar que quando uma empresa é criada, ou quando iniciamos nossa jornada profissional, nossa necessidade e nosso objetivo é o retorno financeiro. Porém, à medida em que nos desenvolvemos profissionalmente e nossa empresa vai se consolidando no mercado, se continuarmos mantendo o foco excessivo na rentabilidade financeira, corremos o risco de comprometer nossos relacionamentos em várias áreas.

Pesquisas recentes realizadas por Teresa Amabile, que estuda há mais de 35 anos Criatividade e Inovação no Departamento de Administração e Empreendedorismo da Harvard Business School, concluiu que quando as pessoas  percebem que estão contribuindo com coisas importantes e que seu trabalho tem valor e agrega ao objetivo do time, além de gerar engajamento, essa percepção gera um estímulo interno à criatividade. E sabemos que não há inovação sem criatividade.

Embora tenhamos uma herança negativa do período industrial que buscou separar o eu profissional do eu pessoal, hoje sabemos que precisamos integrar quem somos em todos os papéis sociais que exercemos.

Pois se para gerações passadas viver no piloto automático, poderia ser suficiente, hoje não é mais, a humanidade está em evolução e essa disfunção que herdamos só poderá ser curada se alinharmos nossos valores pessoais com os valores da organização em que atuamos.

 Como bem diz Richard Barret, um dos maiores especialistas em liderança dirigida por valores, as organizações e pessoas mais bem sucedidas serão aquelas que reconhecem que precisam “ser as melhores para o mundo e não as melhores do mundo”.

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